terça-feira, 13 de maio de 2014

Às mães. À todas as mães.

O Dia das Mães se aproxima. Meu primeiro dia das mães com uma filha nos braços. Antes, esse dia, era marcado pela correria de sondar e escolher um presente que a minha mãe gostaria de ganhar. De, quando criança, pedir dinheiro pro pai e cautelosamente combinar com os irmãos como faríamos a surpresa. De fazer trabalhinhos na escola e vim toda contente entregar. De vê-la na apresentação e ao invés de prestar atenção na coreografia, acenar a todo momento e fazer pose pra foto, que ela tirava com a máquina de filme.

Ao longo dos meus 31 anos conheci vários tipos de mãe, além é claro, de ter convivido com a minha e aprendido muito com ela. Minha mãe é MÃE, com todas as letras maiúsculas, com toda a força e poder que esse nome nos dá. Mas, assim como toda mãe, ela tem seus erros e defeitos. Muitas vezes, tentando fazer o melhor. Outras, pirraçando como mulher – por que sim, as vezes a mulher pula na frente da mãe e pirraça, pra mostrar quem manda. Mas, sobre a questão de mandar, quem tem dúvidas? Rsrsrs

Como eu ia dizendo, conheci vários tipos de mães. Me lembro de uma, morena bonita, drogada e mãe. Enquanto lavava roupa, seu filho de 1 ano e meio na época, jogava fora suas pedrinhas de crack e ela ficava louca de raiva. Conheci a vó-mãe que me adotou como neta. A Tia Idalina da escola. Não sei como ela está hoje, infelizmente perdemos contato, mas eu a via empurrando o carrinho do neto, subindo para a creche, todos dias pelo beco da “Favela da Alba”. Com ela aprendi vários palavrões!!! Mas, o que não esqueço mesmo, é dela fazendo merenda, com todo amor do mundo, praqueles filhos de coração, que a gritavam na hora do recreio “tia, tia, tia”.

Conheci uma mãe, que tinha os filhos como investimento: eram dois de um pai e uma de outro. Vivia das pensões que recebia. O plano dela era que quando eles completassem maioridade, ela engravidaria de novo. E queria mais três! Mas, também, matava e morria pelos filhos. Afinal, era um “bem” que deveria ser muito bem cuidado.

Não conheci, mas sempre ouvi falar da minha avó-paterna, que morreu amamentando meu tio, que tinha uma semana de vida. Morreu de infarto fulminante. Só deu tempo de falar ao meu avô “João, segura o neném que eu tô morrendo”. E assim foi. Dela, dizem que herdei os cabelos, a pele morena e a brabeza. Na minha filha, consegui prestar uma homenagem. Dei o nome de Angelina.

Conheci mães jovens, mães velhas... as mães de um filho só e as mães de múltiplos, que mesmo com tantos em volta não esquecia os nomes e o cheiro de cada um.

Conheci mães que não queriam ser mães e depois que aceitaram a gestação, são 100% mães. Mas, também conheci mães que não quiseram, realmente ser mães, e hoje convivem com a escolha.

Conheci a tia que é mãe de todo mundo. Que não gerou nenhum filho, mas tem vários gerados no coração.

Enfim... são todas essas mães que conheci, que passaram ou que estão em minha vida, que aprendi um pouquinho com cada uma, e tento, ser a melhor mãe que a minha filha pode ter. Acredito que a minha filha, a minha Angelina, merece o melhor, em todos os aspectos. E é com essa garra, com esse sentimento, com essa vontade que acordo todos os dias e com a cobrança que eu posso fazer mais, que eu durmo todas as noites.

São todas essas mães que me inspiram a copiar o seu melhor e evitar o máximo cometer os mesmos erros. Deixa, que os erros, eu cometo os meus mesmos.

Feliz dia das mães. À todas as mães.



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