quinta-feira, 31 de julho de 2014

É imoral, é ilegal ou engorda

Vamos lá minha gente, vamos lá falar de coisas politicamente (in)corretas que é disso que o povo gosta e o blog bomba rsrsrs

Tenho uma amiga que está grávida de quatro meses e, desde então, o marido não chega perto dela. Ele acaba acariciando a barriga de tanto ela insistir, mas dá pra ver que ele não se sente nada a vontade com isso. Então, quem dirá fazer sexo. Nem pensar. Vem com aquele papinho que “pode machucar o bebê”. Amigo, vamos lá: nem se você fosse um jegue, você chegaria até o bebê, ok?!

Isso me faz lembrar da primeira consulta que tive com o GO, quando nos descobrimos grávidos. O Dr. Amarildo disse para o Arthur: “Você colocou a semente, agora trata de regar!”

Conheço outros casos também, como um conhecido que fazia sexo com a mulher até descobrir pelo ultrassom que era uma menina. Aí ele parou, por que “vai que a menina virasse sapatão, ou coisa parecida?!” Eu ainda não fechei meu pensamento se isso seria vergonha ou ignorância mesmo... daí aquela velha história, da gente tentar entender a criação da pessoa e tals...

Tá! E o que eu quero dizer com as informações acima? Simples: maridos, companheiros, casos, pai da criança, relacionamentos estáveis: salvo alguma recomendação médica, podem transar! Existe sexo na gravidez, SIM!!! Faz bem pra você, faz bem pra mulher e não incomoda o bebê!

Falando de outra coisa politicamente incorreta, é a questão das drogas. Aqui, focada no cigarro e no álcool. Para quem me conhece e sabe, fumei durante um bom tempo e faz outro bom tempo que parei. Parei por causa de grana. Isso mesmo. Fiz as contas e estava gastando, na época, mais de R$200,00 em cigarro por mês. Como o bolso do ser humano é o órgão mais sensível do seu corpo, parei. E, sinceramente, não me faz falta nenhuma. Com isso, ganhei mais uns anos de vida.

Só que o marido fuma. E ouço, desde quando a gente ficava, nem namorava ainda, que eu “tinha” que fazer o Arthur parar de fumar. Eeeeeeeeeeepa! Como assim eu “tenho” que fazer uma pessoa inteligente, estudada, que sabe todos os prós e contras que o fumo pode acarretar, parar de fumar? Ã? Respiremos fundo...

Bem, durante a gestação, o cheiro do cigarro me dava dor de cabeça, o Arthur fumou bem menos e longe de mim. Assim que acabava de fumar, antes de vim pra perto, lavava a boca e as mãos. Minhas amigas que fumam, também não ficavam por perto. Iam pro cantinho. E hoje, fazem a mesma coisa com a nova gravidinha da turma. Respeito e consciência.

Daí, o que me fazia, realmente falta, era uma birita... admito e sei que muitos vão cair de pau agora em cima de mim: eu dei uns goles na cerveja dos outros SIM, durante a gestação. Não, não me embebedei. Não tomei uma latinha inteira. Não tomei uma dose de whisky. Mas, quando eu via alguém, com um copo de cerveja, suando de tão gelada, aquilo me fazia salivar. E eu filava um gole. E era tão bom! Se eu me sentia culpada por aquilo? Não sei. O que sentia era um alivio de ter matado uma vontade.

Não, não estou fazendo apologia à ingestão de bebidas alcóolicas, muito menos ao fumo, durante a gestação. Estou falando do que aconteceu comigo e ponto. Das experiências que tive e tenho como mãe de primeira viagem. Tô falando de menos críticas e mais apoio. De menos falatório e mais evidências. De menos histórias ruins e mais informações positivas!

Por exemplo: minha alimentação não é um exemplo de saúde. Na minha vida, tive pessoas como a Bruna e a Telma, que me “obrigavam” a comer salada. Do tipo, colocavam no meu prato e diziam “come!” Eu falava que não gostava e elas repetiam “come!” Faziam muito bem o papel da Dona Cida neste momento. Durante a gestação, procurei me alimentar melhor, mas ocorriam alguns deslizes. Outra coisa: só acredito agora que grávida tem desejos, por que liguei num belo dia a tarde pra minha mãe, pedindo para que ela fizesse dobradinha. Algo que eu NUNCA gostei e sempre olhei de cara feia. Mas, que comi, esganiçadamente, quando vi na minha frente.

Voltando a tentar ter uma alimentação saudável, pelo menos na gestação, por vezes eu substitui SIM o prato de salada pelo lanche do Mc Donald’s. Eu admito!!! Atire a primeira pedra, a grávida que não comeu um Cheddar Mc Melt, com batata e Coca-Cola grandes. Admito também que você abria a minha gaveta no serviço e ao contrário de barras de cereal, você achava balas, biscoitos e bombons (BBB!). Sem contar que depois eu falava pro médico que não estava abusando de nada disso... admito, menti!

Sorte minha, que emagreci nos primeiros meses da gestação e depois do meu maravilhoso parto normal, apesar de não amamentar muito, emagreci tudo o que tinha engordado e um pouco mais. Ainda tô bonita na foto ;)

Resumindo tudo isso, Erasmo e Roberto Carlos tinham razão, em partes: tudo que eu, você, nós gostamos, é ilegal, é imoral ou engorda!


terça-feira, 29 de julho de 2014

Mais dois?

“Nossa, tá empolgada, hein!”, “Mais dois filhos? Cê é louca!”, “Mais dois?! Caramba...”, a pior de todas é “Vocês não tem televisão, não?!”

Gente... será, que somente eu, mesmo estando com as unhas sem fazer, com o cabelo cheio de pontas, com olheiras horríveis, cansada e estressada pra caramba, esqueço tudo isso, quando olho para a Angelina e vejo o milagre da vida ali? Vejo que vale a pena tudo isso, quando ela abre um sorriso?

Aí é assim: a velha história de todo mundo palpitar na vida alheia. Eu também faço isso, mas procuro me policiar, mas como a língua é o chicote do rabo, muitas vezes pagamos o que falamos. E parece, que a partir do momento que você se torna mãe, a coisa piora. “Ahhhhhhh quando eu for mãe não vou fazer isso”, “Ahhhhhhh meu filho não vai fazer este tipo de coisa”. E aí você pari. E aí o cuspe cai no meio da sua testa, melecando tudo.

Mas, voltando ao título do post, sim, eu quero mais dois filhos. E até agora, não teve uma pessoa que disse assim pra mim: “Nossa Pri, que legal. É isso mesmo!” Pelo contrário, o que ouço são piadinhas, ridículas por sinal, que ora fazem alusão a vida sexual minha e do meu marido, ora colocam os filhos como um problema (social, profissional, financeiro, de várias ordens), ou ainda questionam nossa sanidade mental.

Bem, eu tenho três irmãos. O Arthur tem dois. No caso do Arthur, ele é o caçula. Eu era, até aparecer o Tiago. Eu gosto dos meus irmãos e acredito que eles gostam de mim. O Arthur também gosta dos irmãos dele e vice-versa. Meus pais têm irmãos (vários), meus sogros também. Então, acredito que mais de um filho, não deve ser algo ruim, certo?!

Os Belais: (da direita para a esquerda) Sogrinha poderosa Eurides, sogrão Seo Zé, Sinara com a Júlia no colo, Guilherme, Maria Luiza, Anna Beatriz, Renato (noivo da Anna), eu com a Angelina e o Thur. Crédito da Foto: Tia Olga, irmã do sogro.

Não quero aqui, entrar em questões sociais e culturais, do tipo “Ah, antigamente tinha-se que ter vários filhos, para ajudar os pais na lavoura” ou então “Tinha-se filhas para fazerem bons casamentos e amparar seus pais na velhice”. Não quero entrar, muito menos, nas piadinhas de que “quanto mais filhos você tem, mais Bolsa Família você consegue”.

Eu tô falando aqui, de maternidade. De valer a pena. De amor. De tentar ser melhor, todos os dias. De luta, de esforço. De vontade. Eu tô falando aqui, de amar sem limite. De querer ensinar, mas de aprender. Gente, se vocês soubessem, o quanto eu aprendo, todos os dias, com a Angelina. Ah se vocês soubessem, o quanto esta pequena tem a ensinar...

E eu quero aprender mais. Com pessoas diferentes. Com outros filhos. Com outros seres. O bacana é que o marido já embarcou “na loucura”. A gente costuma brincar, com as pessoas que ficam assustadas, com a nossa, digamos, “disposição”, que dois filhos é muito democrático. Cada um tem uma janela no carro. Cada um tem uma mão para segurar... e aquele terceiro, para desiquilibrar a coisa? rsrsrsr

Claro, que nos momentos de dificuldade, de quando a Angelina nasceu para cá, já pensamos em acabar com a idéia. “Abortar a missão”, se me permitem o trocadilho. Mas, conheço amigas que são tão tristes, por serem filhas únicas. Do mesmo modo, que conheço gente, que tem vários irmãos, mas se sentem mais sozinhos ainda. Também não concordo, com o ditado que diz que quem tem um, não tem nenhum. Pois, conheço filhos que mesmo depois de casados, não desgrudam dos seus pais. E conheço pais, que tem trocentos filhos, e que dependem de vizinhos, sobrinhos, estranhos, para serem amparados.

“Ah, mas então vocês querem ter mais filhos, para cuidar de vocês na velhice?!” Também não minha gente. Como eu já disse, eu gosto de gente. Apesar de gostar de ficar sozinha de vez em quando, comigo mesma e com Deus, eu gosto da muvuqueira, eu gosto da falação. Daquele braço passando por cima do seu prato, se servindo no almoço de domingo e você xingando. Me divirto quando vejo minha mãe toda atrapalhada, ouvindo todos chamando “mãe, mãe, ô mãe, manhê!” E assim, esses irmãos tiveram filhos e aí a coisa é maior ainda, por que além do “mãe” tem o “vó!”

Os Nascimento: (da esquerda para a direita) Jair(zinho), Tiago, Eu, Mamy Poderosa,
Giovanna (filha do Jair), Arthur, Neil e Rafaela (filha do Neil). Ainda estão faltando o Júlio, a Gabriela e a Catarina (filhos e esposa do Tiago)

Na casa da minha sogra não é diferente. Por mais que ela conte, conte e conte o número de pratos, sempre sobra ou falta, por que é muita gente. Tem quem almoça em horário diferente, parecendo uma estação de trem, com pessoas chegando e indo embora. E quando junta todo mundo? É alegria na certa...

Vejo assim: se os pais tem planos em ter somente um filho, ok. Se eles querem dois, três, cinco ou dez, ok também. EU não tenho nada a ver com a sua escolha. E o que VOCÊ tem a ver com a minha mesmo?

Por fim, o que quero mais uma vez aqui, com esse post, é falar de respeito. Respeito pelas escolhas. Respeito pelas opiniões. Respeito pelas famílias. Pela minha, pela sua, pela de qualquer um. Mesmo que a sua família, seja você e uma planta. Se a sua família é você, o marido e um cachorro, bom também! O amor, a gente não divide, a gente soma. E eu e o Arthur, queremos somar com mais, dois, três e quantos mais a vida nos der =)

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Para o meu pai

Ontem foi um dia meio punk. Pra mim, um dia cinza. E nada tem a ver com o tempo lá fora. Tem a ver com o tempo aqui dentro do meu coração.

Infelizmente, nem todo mundo tem a “sorte” em ter uma família legal. Uma boa estrutura. E quando eu falo de estrutura familiar, não estou falando aqui de sexo masculino, sexo feminino, dois filhos e um cachorro. Estou falando de uma estrutura de amor, de companheirismo, de gente feliz, de gente que une na alegria para comemorar e na tristeza para se ajudar. Estou falando de família, no sentido amplo da palavra.

Lá em casa, a estrutura era a convencional. Pai, mãe, quatro filhos. Lembro da época em que tínhamos um zoológico: faziam parte da família a Margarida o Cécil e o Gigante (tartarugas), o gato (que se chamava Gato) e a Gata (que se chamava Gata), o Boby – cachorro – e o Mico (um macaquinho mesmo, que apareceu no quintal e as crianças conseguiram ficar com ele).

Mas, dentre as várias lembranças que tenho, é a dos pais mais maravilhosos do mundo que tenho. Sim, tenho. Por que, mesmo que o Seo Jair não está aqui, de carne e osso, entre nós, todos os ensinamentos dele, estão aqui, presentes no dia-a-dia.

Meus pais nos ensinaram a entrar numa favela e num restaurante de luxo. Nos ensinaram a tratar a todos com respeito, independente de tudo. Mas, também, nos ensinaram a brigar, a discutir, a ser ranheta quando necessário (isso eu aprendi direitinho rsrsrs).

Eu tenho uma mãe PHODA!!! Ótima, maravilhosa! Que é presente, que briga, que xinga, que põe de castigo, que afaga, que diz a verdade, que AMA intensamente seus filhos e agora netos.

Mas, é dele, que hoje eu tô falando. Do meu pai. Do Seo Jair que tanto faz falta. Que quando olho para um avião no céu, lembro dele chegando do aeroporto, cansado de mais um dia de trabalho, mas feliz, por ter “virado o motor do avião e colocado no ar, em segurança, centenas de passageiros”. Saudades do meu pai que nos fez ter um paladar diferenciado. Daqueles que dizia “experimenta, larga de ser bobo!” e ele tinha razão.

Já fazem 12 anos, 6 meses e 15 dias que ele se foi. Pra mim, está viajando, como era de costume devido sua profissão. Pra mim, eles está aqui, do meu ladinho enquanto escrevo este texto. Sorrindo para o “Toquinho” dele. Acho até que a Pipoca, nossa cachorra que também já se foi, está com ele.

O bom mesmo é ter fé. Acreditar que quem morre, não nos deixa, mas sim, nos acompanha para o sempre. Eu acredito SIM, que meu pai, a tia Dorinha e o tio Zé, discutem futebol, falam palavrão, tiram sarro um do outro e cuidam da gente aqui na terra, sentadinhos numa nuvem – tipo o Anjinho, da Turma da Mônica.

Sabe aquela sensação de que tem alguém te amparando? Em algumas situações até simples, quando aquele copo roda, roda, roda e não se espatifa no chão? Que se tivesse caído iria dar trabalho, machucar alguém, etc.? Acredito sim, que ele está comigo. Conosco.

Quando a Angelina nasceu, o Arthur me disse “que pena seu pai não estar aqui para conhecer ela...”, mas eu sei, que antes mesmo da gente, ele já a havia conhecido.

Beijo pai. Sinto sua falta. Pronto, falei!

Pai e Pipoca em Atibaia - 2001

segunda-feira, 21 de julho de 2014

A escolha do nome

É outra coisa que todo mundo gosta de dar pitaco... é impressionante minha gente! Conversando com uma amiga que está grávida, ela me disse que além dos trocentos nomes que são sugeridos, tem o agravante que ela não gosta de nenhum que lê, portanto o/a neném até o momento, não tem nome.

Até aí, ok. Afinal, ela está de três, para quatro meses. Isso fez eu voltar lá atrás, na minha gestação, quando ainda não sabíamos o sexo. Eu tinha nome de meninos definido, não de menina. O Arthur, desde antes de me conhecer, desde sempre, segundo a minha sogra, ele dizia que queria ter uma Maria Eduarda.

Bem, eu tenho nome composto. Para quem não sabe, me chamo Priscila Mara. O que ÓBVIO já renderam várias piadinhas. O marido é Arthur Felipe. Nunca vi ninguém o chamando pelos dois nomes. Na verdade, a gente vem de uma geração que era moda nomes compostos. Tipo, os irmãos dele também tem. Os meus irmãos, também. Vários primos meus também. E os primos dele, idem. Mas, para que mesmo dois nomes?

Fora que, a única Maria Eduarda que eu conheço, que é fofa, não é nojenta, que é super 10, é a filha de uma amigona minha, a Ingrid. A Duda dela é fofa demais! Tive alunas chamadas Maria Eduarda. Lembro de outras crianças, mexendo com uma delas e ela respondia “para.... vou chamar a prô... me deixa...” tudo muito manhoso, muito chatinho! Então era essa a visão que eu tenho de Marias Eduardas: chatas.

Aí começou os pitacos. Todo mundo querendo mostrar que o nome que era sugerido, era o mais lindo. Eu e o Arthur entramos numa “briga”. Até então, encanei com Catarina. Gosto de nomes fortes, nomes poderosos, nomes com história. Só santa, tem umas quatro Santa Catarina, cada uma com uma história mais legal. Fora as princesas e rainhas, porretas, que tiveram esse nome.

Só que daí ele não gostou de Catarina. E aí voltamos a estaca zero. Os meses foram passando e nada da neném ter nome. O que nos tornamos novamente motivos de piadinhas. Pedimos a tia Olga para nos ajudar com alguns nomes húngaros – origem da família do Arthur – mas, também, não deu muito certo.

Aí fiz uma lista: tinha 27 nomes. Quando o Arthur chegou em casa, apresentei a lista com os nomes e os significados na frente. Andei procurando a lista que fiz, mas não acho! Lembro que tinha nomes como Sophia, Alice, Maria Clara, Isabele, Isadora, Gabriela, Ana, Mariane e Maitê. Depois se eu achar a lista, faço um adendo a este post.

Enfim, dos 27 nomes, ficamos com 11. No final de semana seguinte, colocamos os nomes num vidro e fechamos. Sacudimos e cada um foi tirando. O combinado era que os quatro restantes, analisaríamos com calma para escolher.

Ficou Angelina, Maitê, Isadora e Eduarda (sem o Maria). Catarina tinha caído fora e o Maria Eduarda também. Deixamos passar e ficamos (eu fiquei mais, óbvio) pensando nas opções. Daí assim:

  • Angelina sempre defendi também por ser o nome da minha avó paterna, que eu não conheci. 
  • Maitê, tem a sobrinha de uma amiga, a Gláucia, que é fofíssima, e eu acho um nome diferente e bonito;
  • Isadora eu acho forte e tenho outra amiga, que é loquérrima e inteligentíssima, além de ter a letra linda!
  • Eduarda, sem o Maria, soa simpático e não era de um todo ruim (pensando sempre na filha da Ingrid!).


Aí, 15 dias se passaram e as avós esperando um nome para começar a bordar o enxoval. Foi quando num domingo, deitados na nossa cama, o Arthur começou a conversar com a barriga. Ele foi falando os nomes e nada. Eu digo que a nossa filha escolheu o nome dela, pois quando o Arthur disse “Angelina”, a barriga ficou dura, dura e ela se embolou toda para o lado que ele estava. Eu vi, ele viu. Foi emocionante! Empolgante, engraçado. Ele repetiu e ela não fez mais nada rsrsrs

Espiritualmente falando, eu acredito que a criança já vem com o nome. Já está escolhido lá no plano astral e um belo dia os pais tem um insight e “escolhe” como vão batizá-la. Mas, a partir dali, nossa neném tinha nome. Nossa Angelina. Nosso anjo <3



PS: A dica que eu dou para os papais e mamães é: essa é uma escolha de vocês. Ouçam as opções, anotem até, mas lembrem-se que depois são vocês que deverão bater o martelo. Não esquecendo que o nome não pode ocasionar situações constrangedoras, como apelidos e brincadeiras de muito mau gosto.

Dentes, por que fazes assim comigo?

Genteeeeeeeeeeeeeeeeeee!!! Como assimmmmmmmmmmmm??? Trocaram a minha neném e ninguém me avisou?!

Já ouvi e li várias coisas sobre o nascimento de dentes. Algumas mães me contam com os olhos brilhando de felicidade que seus bebês não tiveram nada e que num belo dia, puf, existia um dente no lugar de uma gengiva banguela.

Outras fizeram questão de me contar cada detalhe trágico da experiência. De como foi duro, ver seu filho chorando e com febre e as noites em claro que ela passou, a cada dente que nascia. Detalhe: são 20, né?!

Começou uma febrezinha que foi virando um febrão, ela irritada, coçando o nariz, enfiando tudo na boca, esfregando de um lado para o outro a gengiva. A febre, eu acredito, que possa ser do resfriado que ela também estava. Fomos no pronto-atendimento, pois deu 38,3 a temperatura. O pediatra de plantão prescreveu medicamentos para febre e gripe. Quanto ao dente, ele não disse que poderia afirmar se estava relacionado ou não, pois não tem evidências científicas...

Em seguida começou o ciclo de diarreia. De fazer lambança, a fralda não aguentar, descer pelas pernas, sujar trocador e tudo mais. E a Angelina cada vez mais irritada, querendo colo, querendo aconchego, eu diria até, que querendo peito. Acho que essa questão da não-amamentação, não está bem elaborada na minha cabeça ainda. Enfim... voltando à Angelina, de uma hora para outra, parou de comer. Não queria saber da minha papinha. O Arthur comprou outros legumes, cozinhei, fiz nova comida e cada vez que chegava com a colher perto dela, ela gritava. Parecia que estava matando!

Ficou só na mamadeira, abatidinha. Sempre que podia, “mordia” o queixo da gente, balançando a cabeça de um lado para o outro, coçando a gengiva. Conversei com a minha comadre sobre o colar de âmbar, pesquisei várias coisas sobre o mesmo, mas na correria, não dei conta de comprar. Está na lista de “coisas para fazer”.

Foi uma semana em casa com a vovó Cida cuidando durante o dia, não tinha condições de ir para a escola. A Tia Paula e a Tia Silvania, ligaram para saber como ela estava. Como teve feriado na quinta, ficou um pouco mais fácil.

Na sexta-feira eu estava de folga, aproveitei para leva-la a consulta de rotina com o pediatra. E eu não me senti segura na consulta. Pela primeira vez sai do consultório do pediatra da Angelina, perdidona. Para os dentes ele havia indicado Camomilina C (mas, não está proibida a venda?! o.O) e para a gripe recorrente, mandou continuar com inalação e xarope até conseguir marcar consulta com um pneumologista pediátrico. Saí de lá desbundada, como diria minha vó. Não queria dar medicamento para tapear o resfriado da Angelina de novo. Na verdade, não quero ficar medicando a menina assim. Cheguei em casa e comentei com a minha mãe que não havia gostado da consulta e ela, com toda a polidez que lhe é inerente, rebateu: “Você vai esperar esse pediatra matar sua filha, pra depois você procurar outro?”

Rapaz... Dona Cida sabe como te dar uma sacudida, sem nem encostar a mão. Peguei o livro do convênio e fui ligando em todos os pediatras, pedindo uma consulta para aquela tarde. Claro que não encontrei. Aí pensei novamente em ir no pronto atendimento, mas médico de pronto atendimento, não faz acompanhamento. E aí, tomei a decisão, e segui com a minha pequena e minha mãe, para a UPA – Unidade de Pronto Atendimento.

O atendimento foi bem rápido, em relação a fazer a ficha e entrar para consulta. E, mais rápido ainda, no consultório do médico, que pediu um raio-x e diagnosticou bronquite. Passou um antibiótico e um xarope, que eu peguei no Posto de Saúde e fui para casa. Dar ou não dar o medicamento? Era a questão.

E ainda nesse intervalo, nada tirava da minha cabeça que não era só o danado do resfriado. Pra mim, o nascimento do dente estava agravando a situação. Pesquisei em vários sites e, realmente, não havia evidências científicas que o nascimento dos dentes, poderia causar diarreia, vômito e febre. Em outros, informava o quanto o rompimento da gengiva, para o nascimento do dente, como dói. Como mexe com a estrutura da face, ouvido, cabeça, tudo gente! E eu, que sou jornalista, não médica, penso que: se você está com uma dor de cabeça, ouvido, logo, pode desencadear uma febre, do mesmo modo que o rompimento da gengiva não é algo indolor e acaba refletindo em outras partes do corpo. É uma hipótese.

Achei no site “Cientista que Virou Mãe” algo que mostra, que não estou de um todo errada. A pergunta dela é por que dente nascendo, o cocô fica ácido e aí as assaduras aparecem.

Enfim... Só sei gente, que bate um desespero, uma vontade de chorar junto, uma vontade de sair correndo, de pedir socorro... Você pira vendo um filho sofrer, passar mal e você sem saber o que fazer. Angelina agora está ótima, graças a Deus! Essa frente fria que chegou chegando por aqui, não pegou ela. Mas, também, ela é quase um ursinho rsrs de tanta roupa que a gente coloca. Pelo sim, pelo não é melhor ela bem agasalhada e a Brastemp trabalhando todo dia, do que entupi-la de medicamento. É ou não é?



quarta-feira, 9 de julho de 2014

Eu conto as horas pra poder te ver...

Caraca!... já se foram 9 meses... então você já tem 18 meses! 9 dentro e 9 fora da barriga. E assim como eu contei os dias e os meses, até ficar grávida de você. Depois acompanhei cada semana do seu desenvolvimento, até você nascer. Hoje, conto, todos os dias, as horas para te ver.

A melhor hora do dia é quando eu te pego na escola. Quando do portão eu te chamo e você abre o sorriso não-mais-banguela, afinal, você já tem dois dentes.

É delicioso ver você esticando os bracinhos, ainda sorrindo e a professora me contando como foi o seu dia, o que você aprendeu, o que você fez de diferente. Você ouve atenta. Sabe que estão falando de você. E sorri.

Ah esse sorriso... quando ele me vem à mente, durante o dia, enche o coração de alegria. As borboletas que ficam no estômago, batem asas, fazendo cosquinha, como agora, escrevendo este texto.

Quando você não vai à aula e fica com a vovó, ligo toda hora pra saber como você está. Não que eu não confie em deixa-la aos cuidados dela. Mas, ela me conta como você está, ouço a sua voz ao fundo gritando, conversando, ranhetando... e é tão bom!

É bom chegar em casa e ver você solta no chão, brincando e descobrindo o mundo. Esse mundão de meu Deus, pra onde você veio, esperada com muito amor, por mim e pelo papai. Pelas avós e pelo vovô. Pelas tias-avós, tios, padrinhos, primos, amigos do papai e da mamãe...

O papai quando te aperta, te abraça e te beija, sempre te pergunta: “filha, fala pro pai, por que você é tão linda assim?!” e eu também me pergunto, “como essa fofura toda, pode ter vindo de mim!?”.

Esses nove meses com você, foram demais! Acordar de madrugada, quando ouvimos um resmungo seu é cansativo, mas o seu sorriso malandrinho, desarma qualquer um e o cansaço passa. Ver você descobrir as coisas, as comidas, os gostos, as brincadeiras e as sacanagens é tudo de bom.

Eu conto as horas, todos os dias, para poder te ver. E eu sei que o tempo que a gente fica junto, tem qualidade. Quando estou com você, ESTOU COM VOCÊ!



Quando tem amiga que pariu

As ativistas piram!!! Rsrsrsr

Eu não tô me cabendo de tanta felicidade.

Um sonho realizado de uma amiga é um sonho realizado seu também.

Acompanhei a primeira gestação, do meu afilhado Pedro, tudo que a Bruna estudou, ser informou e infelizmente, não foi possível o tão sonhado parto normal.

Mas, isso, não a fez menos mãe, pelo contrário, já falei aqui no blog e falo a todos os pulmões para quem quiser ouvir, que eu gostaria de ser uma enorme mãe, como ela.

Agora a Elis... acredito que tudo aconteceu, como tinha que acontecer, principalmente por que agora, a maturidade também já chegou. E a experiência de um filho pro outro, de um parto para o outro, da dor da coluna antes e agora, tudo, ajudou para que a pequena chegasse a esse mundo, no box do banheiro, com o papai junto, num VBAC (parto vaginal após cesárea, em português) emocionante.

Chorei demais quando falei com ela por telefone. É uma vitória dela. É uma vitória nossa. Mas, principalmente da Elis. Que foi respeitada. Nasceu quando queria, onde queria, do jeito que queria. A fofinha nasceu com 4,310 kg e 50,5 cm :)

Já disse e torno dizer, te amo Bruna. Minha amiga-afilhada-madrinha-cumadre. Estou muito orgulhosa de você e do Marcus, por que se ele também não tivesse entrado na pira, a coisa poderia não ter sido tão perfeita.

Minha noite foi muito feliz e meu dia está sendo MARAVILHOSO! Tô invadida de ocitocina!!! Quero viver isso de novo rsrsrs

Bem-vinda minha pequena Elis! Muito leite pra vocês!



terça-feira, 1 de julho de 2014

Família, família, papai, mamãe, titia...

Minha mãe é a pessoa mais sábia que eu conheço nesse mundo! Ainda faço um post ou crio uma página só com as frases e conselhos dela. Enfim...

Ela costuma dizer, que família nenhuma pode falar mal da outra. Por que, escondido ou não, toda família tem problemas e pessoas difíceis para se lidar. Pensa direitinho na sua família. Agora vai anotando. Toda família tem uma biscate e uma puritana. Tem a religiosa e “a das avessas”. Tem um gay – algumas vezes enrustido esperando a matriarca/patriarca morrer, para poder sair do armário. Tem um/uma solteirão/solteirona que adora dar pitaco no casamento alheio, sem nunca ter vivido a experiência de conviver a dois. Tem o rebelde sem causa que dá problema. O que o sobrenome é trabalho. O tio rico que esnoba todo mundo e o pobre que cativa todo mundo. Em algumas famílias tem um ladrão. Em outras, ele já morreu. Enfim... essa diversidade é que se faz a família.

Mas, o que eu mais acho engraçado, curioso, divertido, irritante e (des)necessário, são os encontros familiares. Como eu fui criada longe de parentes, devido sempre morar em outros estados, nós só tínhamos contatos nas férias. E férias não te dá um parâmetro para saber como é conviver com alguém sempre, afinal, minha mãe ensinou que “quando tem visita, a gente tem que se comportar”.

E são nesses encontros que, muitas vezes, você sai renovado ou irritado. Alegre ou emputecido. Feliz ou triste. Você entra sem novidades e sai com um monte de fofocas para contar. Um grande amigo da minha família, que hoje já se encontra no astral, sempre dizia que a maldita da língua não tem osso, por isso que existe a fofoca e a maledicência.

Mais curioso ainda, é a nova família que se forma com a junção das outras duas, por meio de uma união estável, um casamento, um ajuntamento, entre duas pessoas. Conheci um casal de dois rapazes, que era um barato. As sogras de ambos os lados trocavam receitas e farpas e os dois administravam a relação numa boa, principalmente quando questionados por tios, primos e afins, quando e como teriam filhos. A resposta padrão era “já temos a Natasha”, uma Cocker preta, linda!

Lá em casa, todo mundo é meio maluco, sabe? Pra começar, meus pais são primos de primeiro grau, então meus avós são irmãos, um rolo... meu irmão, que era casado com a minha prima. Então eu tenho uma ex-cunhada, mas não tenho uma ex-prima. Meu primo, é meu irmão, mas minha prima, não. O Arthur se perde um pouco e se assusta. Nós, como bom descendentes de mineiros, somos “por dimais” de emotivos. Brigamos, amamos, xingamos, reconciliamos, tudo nas alturas.

E claro, como não poderia ser diferente, todo mundo opina na vida de todo mundo. Uns com mais respeito outros com menos. Uns mais incisivos outros mais ponderados. Mas, opina. Deixa ali, registrada sua importante e relevante (só que não) opinião sobre tudo.

Lembro que quando pari a Angelina, eu e o Arthur levamos bronca, por não ter contado pra todo mundo que havíamos ido para o hospital. Agora, visualiza comigo: imagina durante as 14 horas que fiquei em trabalho de parto, o telefone tocando, para saber como estava a dilatação? Ou então, imagina esse povo querendo “visitar” a gente, o vuco-vuco que ia transformar a maternidade?!

Mas, sabe: é gostoso saber que a gente tem origem. É engraçado parar e lembrar algumas situações. Do mesmo modo, que é assustador você ver que tem algumas manias, que você sempre criticou, serem afloradas com o passar dos anos, por causa dos genes. O que eu acho mais importante, disso tudo, é o respeito. Você respeitar o limite de cada um, para ser respeitado. Você respeitar o jeito, a opinião do outro, para exigir que o seu jeito e a sua opinião sejam respeitadas. Essa é a palavra, que seguramente, rege uma família. As duas que existiam e a nova que se forma.

Já dizia os Titãs “Família êh! Família áh! Família!”