terça-feira, 29 de outubro de 2013

04 de outubro de 2013 - 2h

O relógio do celular marcava. Acordei com uma dor lascada nas costas. Eu tinha trocado de lado na cama, com o Arthur. Como fofo e bom marido que é, sempre me ajudou a levantar de madrugada para o xixi, principalmente, depois que a barriga ficou enorme. Era engraçado, eles esticava o braço ou a perna, sonolento e deixava firme, para eu me apoiar e conseguir levantar.

Mas, eu não o chamei. Fui virando com a dor e consegui me sentar na cama. Levantei e fui ao banheiro. A dor passou. Resolvi voltar para cama. Quando sentei e inclinei para deitar, a dor veio novamente. Tornei levantar e caminhei pela casa. 80m² podem ser muita coisa para se andar com dor. Como tive bastante dor no quadril e nas costas, no final da gestação, pensei que se tratava de mais uma crise. Por outro lado, na minha cabeça eu sabia que aquela dor era diferente e que eu não deveria tomar remédio para amenizar...

De vez em quando sentava na poltrona vermelha da sala (adoro vermelho!!!) e cochilava, mas logo era acordada pela dor. Aí eu voltava a andar pela casa. Minha cozinha tem 85 pisos... contei enquanto andava e esperava outra "cochada" de dor. Medi toda a minha casa em passos. Lembro que comentei com o marido depois, quantos eram, mas agora não me recordo para falar.

Assim, o tic-tac do relógio passava...

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