quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A partir das 5 horas...

A dor começou  a apertar. O dia começou a anunciar lá fora que estava começando. Chamei o Arthur.

- Paixão...
- Hum...
- Mor, acorda...
- Que foi nega?
- Acho que estou tendo contração.
- Você contou?

Na hora, respirei fundo por que veio outra contração... foi a sorte, por que a resposta mal criada já estava na ponta da língua.

Ele começou a contar as contrações, por meio de um aplicativo no celular (adoro tecnologia!). De 10 em 10 minutos, duravam 1m30s +/-.

Tomamos banho. Tive outras contrações. Me troquei. Outra. Assim seguiu até às 6h46, quando o marido pediu pra eu falar com o médico. Dr. Edson Rudey, sem sombras de dúvidas, é o melhor médico que eu conheci. Desde o início respeitou minha vontade pelo Parto Normal. Bem, como ele tem um bebê lindo, o Francisco, fiquei preocupada em ligar e acordar o baixinho. Mandei mensagem pro celular dele. Uns 15 minutos depois ele respondeu. Me mandou ir para o hospital para me avaliar.

Não dava simplesmente para sair de casa, como em cena de novela, todo mundo desesperado, fazendo respiração cachorrinho (que não ajuda em porr... nenhuma!). Moro no mesmo quintal que minha mãe. Meu irmão mais velho está de férias aqui. De manhã, temos que deixar minha sobrinha na escola. Minha mãe já estava lavando roupa, para a diarista passar, como numa outra sexta-feira qualquer.

Nesse contexto todo, pensamos rápido e o marido passou com as malas para o carro, meio escondido. Chamei a sobrinha para irmos. Avisamos a minha mãe e saímos. Durante o trajeto até a escola da Rafaela, tive duas contrações. Ela achou o máximo!!! Mal ela sabe como era a dor...

Chegando na Maternidade Santa Rita, por volta das 7h30, avisei a recepcionista que estava com contrações e quem era o meu médico. Ela avisou a enfermeira, que veio me buscar e me apresentou ao médico de plantão. Um senhor já de idade, bem simpático e que ficou doido pra fazer meu parto. Disse que no que eu precisasse, que se eu quisesse ele poderia fazer minha cesárea. Entre uma contração e outra, eu e o Arthur explicamos quem era o médico e que queríamos um PN. O velhinho nos olhou, não crendo muito na nossa vontade, mas disse pra eu ficar calma.

Notei que a mão dele tremia...


Um comentário:

  1. Amei seu blog não tinha lido ainda... ficou show!!! Texto excelente, é como se eu estivesse vivendo cada um dos momentos... bjos

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