segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Artrite Reumatóide

Bem, lá no começo dos posts eu disse que iria explicar a questão da artrite. Algumas pessoas que não sabem o que eu tenho, me criticam e me chamam de "Maria das Dores".

O que eu sei. é que faz quatro anos que faço tratamento para Artrite Reumatoide. Há oito, médicos vasculham meu sangue para fechar meu diagnóstico e, mais ou menos, uns 12 anos que eu sinto dor. Dor, dor, dor! Sabe o que é você acordar todo dia com dor? Nos ossos, principalmente, nas articulações. Os médicos pediam exames de sangue e ultrassom, raio-x, tomografia, um mês sim, outro não, mudavam as medicações de 15 em 15 dias. Sabe o que é ter conta na farmácia para pagar por mês, e isso ultrapassar os R$400,00 rapidinho? Tem picos de melhora, como no verão. O calor ajuda bastante. Porém, no frio... cara, é difícil aguentar.

Durante a gestação foi ótimo! A reumatologista havia me dito que a gravidez ajudava a melhorar a artrite. Até os exames de sangue melhoraram. Meus leucócitos (parte branca do sangue) subiram a um nível de normalidade, que fazia anos que nem eu, nem os médicos víamos.

Como engravidei em janeiro, somente em junho, quando o frio pegou mesmo, eu travei. Foram vários dias sem ir trabalhar, ou quando ia, subir as escadas, era terrível!!! Aí, pra quem está acostumada a tomar remédios em doses cavalares pra dor, passa a ingerir a única coisa liberada por alguns médicos durante a gravidez: paracetamol. E adianta alguma coisa? Como a dor foi pegando mais, o Dr. Edson liberou dipirona para ajudar.

Com o peso da barriga, normalmente, já acontece das grávidas terem dor nas costas. Eu tinha no quadril. A Dra. Andréa pediu um ultrassom e eu estava com "as bursas" inflamadas. Eu dizia que meus "quartos" estavam doendo. A médica me passou muitas sessões de fisioterapia para ajudar. A vantagem nisso é que fiz amizade com o pessoal da Unimed e as sessões eram menos chatas. A Karine, uma das fisioterapeutas, era com quem eu mais conversava, e a gente ria, ria... era gostoso.

Até entrar de férias em setembro, trabalhei normalmente. Tive dias que faltei, mas por que a dor chegou a um ponto mais que master. Porém, foi possível administrar. Por vezes, pensei em fazer cesárea, admito, pra poder voltar a tomar logo os meus remédios pra dor. Tive anjos que me ajudaram muito nessa jornada. A compreensão do Bulgarelli foi imprescindível. A Bruna, minha estagiária, sempre se preocupando com o meu bem-estar. A Fátima, que mais de uma vez, buscou almoço no refeitório, por que eu não conseguia descer e subir as escadas.

"Minha mãe loira", a Sirlei, que estava grávida junto comigo (na VIAPAR ninguém fica grávida sozinha, sempre são em duplas rsrsr) cuidou bastante do meu psicológico. Me ajudou a ter equilíbrio, tendo sempre uma palavra de carinho, de conforto para não deixar eu cair.

Foram várias pessoas e várias situações. Se eu for lembrando de todo mundo o post vai ficar bem grande. Mas, não posso esquecer do marido, que passava "dotorzinho" nas minhas costas e pernas, levantava de madrugada pra pegar remédio e colocar bolsa quente ora nas costas ora no quadril e assim foi...

A Bruna.... Ah, a Bruna... quantos e-mails quilométricos eu mandei pra ela, e mesmo tendo um monte de coisas pra fazer, o Pedro pra cuidar, ainda me dava atenção. Fora a Anacléia! Que tão doida quanto eu, mas bem menos "ácida", conhece os sintomas e os altos e baixos da artrite (por conta do marido) e que me ajudou a lidar de uma forma rock n'roll com a coisa rsrsrsrs


Essa foto foi num dia que eu estava com muita, mas muita dor. Só que nesse dia disseram que eu estava tão linda, que eu consegui o sorriso!





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