quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Coisas que mãe acredita que são inacreditáveis

Linha vermelha ou pedaço de algodão, babado, colado na testa do neném, para passar o soluço. Quem nunca? Levar na benzedeira por causa do “vento-virado”, das lombrigas que estão agitadas, colocar a roupa do avesso e por para dormir do lado contrário do berço, para uma noite de sono completa. Passar o pente no seio para descer o leite. Não deixar o bebê arrotar no seio, senão racha. Cocô verde? É quebrante. 

Você acha estranho acreditar nessas “crendices”? Algumas, eu também não colocava fé, não. Até ter a Angelina...

Minha vó benze. Faz, pelo menos, uns 60 anos aqui em Maringá. Então, desde quando a Angelina nasceu, a gente dá uma passada lá pra ver a “biza” e pra ela “passar o ramo” na pequena. Mas, teve dias de desespero! Da minha própria vó, olhar pra gente e dizer “não é pra mim, procura outra benzedeira”. Gente! E pra achar benzedeira? Não é mais tão fácil, como nos antigamente, que em cada bairro, tinha umas duas. Tô falando de benzedeira de verdade! Daquela que faz oração e você fica até mole, de tão bem que fica.

Superstição? Fé? Coincidência? Pelo sim, pelo não, levamos para benzer a Angelina em uma outra senhora que conhecemos nesta busca maluca e funcionou. Pelo menos por uns dias. E já indiquei ela, viu? E levo de novo se precisar. Oração, nunca é demais!

A linha babada na testa, para passar o soluço, tivemos uma experiência com isso e foi muito engraçado. Primeiro fim de semana que eu e o Arthur ficamos sozinhos com a Angelina, sem mais ninguém, ela mamou e logo em seguida começou a soluçar. Tentamos esquentá-la para o soluço passar, já que algumas pessoas dizem que é frio. Não passou. E ela continuava a soluçar, de sacudir todo o corpinho. O Arthur arrancou uma linha da camisa dele, colocou na boca e depois “colou” na testa da pequena. Gente, eu juro! Parou o soluço. Instantaneamente. Um olhou para a cara do outro e começou a rir! Kaokaoakoa

Deu certo também, quando ela trocou a noite pelo dia e não queria dormir de jeito nenhum, nem um pouquinho a noite. O Arthur foi até a empresa que eu trabalho e uma mãe experiente, disse para vestir a roupinha da Angelina do avesso, enrola-la na camisa do Arthur e coloca-la para dormir do lado contrário do berço. Pois assim fizemos. O desespero de ouvir o chorinho dela, o meu cansaço, tudo aliado a nossa primeira viagem, nos fez seguir a dica. E ela dormiu a noite inteira, com cinco dias de vida. Sim, ela dormiu. Pelo sim, pelo não, repetimos algumas vezes o ritual. Até que não funcionou mais rsrsrs aí partimos para outras dicas.

É aquela história: fé e futebol, você não pode discutir com ninguém. E todo mundo é ateu, até o avião começar a cair. E todo mundo torce para alguém, quando começa a Copa. ;)



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