terça-feira, 1 de julho de 2014

Família, família, papai, mamãe, titia...

Minha mãe é a pessoa mais sábia que eu conheço nesse mundo! Ainda faço um post ou crio uma página só com as frases e conselhos dela. Enfim...

Ela costuma dizer, que família nenhuma pode falar mal da outra. Por que, escondido ou não, toda família tem problemas e pessoas difíceis para se lidar. Pensa direitinho na sua família. Agora vai anotando. Toda família tem uma biscate e uma puritana. Tem a religiosa e “a das avessas”. Tem um gay – algumas vezes enrustido esperando a matriarca/patriarca morrer, para poder sair do armário. Tem um/uma solteirão/solteirona que adora dar pitaco no casamento alheio, sem nunca ter vivido a experiência de conviver a dois. Tem o rebelde sem causa que dá problema. O que o sobrenome é trabalho. O tio rico que esnoba todo mundo e o pobre que cativa todo mundo. Em algumas famílias tem um ladrão. Em outras, ele já morreu. Enfim... essa diversidade é que se faz a família.

Mas, o que eu mais acho engraçado, curioso, divertido, irritante e (des)necessário, são os encontros familiares. Como eu fui criada longe de parentes, devido sempre morar em outros estados, nós só tínhamos contatos nas férias. E férias não te dá um parâmetro para saber como é conviver com alguém sempre, afinal, minha mãe ensinou que “quando tem visita, a gente tem que se comportar”.

E são nesses encontros que, muitas vezes, você sai renovado ou irritado. Alegre ou emputecido. Feliz ou triste. Você entra sem novidades e sai com um monte de fofocas para contar. Um grande amigo da minha família, que hoje já se encontra no astral, sempre dizia que a maldita da língua não tem osso, por isso que existe a fofoca e a maledicência.

Mais curioso ainda, é a nova família que se forma com a junção das outras duas, por meio de uma união estável, um casamento, um ajuntamento, entre duas pessoas. Conheci um casal de dois rapazes, que era um barato. As sogras de ambos os lados trocavam receitas e farpas e os dois administravam a relação numa boa, principalmente quando questionados por tios, primos e afins, quando e como teriam filhos. A resposta padrão era “já temos a Natasha”, uma Cocker preta, linda!

Lá em casa, todo mundo é meio maluco, sabe? Pra começar, meus pais são primos de primeiro grau, então meus avós são irmãos, um rolo... meu irmão, que era casado com a minha prima. Então eu tenho uma ex-cunhada, mas não tenho uma ex-prima. Meu primo, é meu irmão, mas minha prima, não. O Arthur se perde um pouco e se assusta. Nós, como bom descendentes de mineiros, somos “por dimais” de emotivos. Brigamos, amamos, xingamos, reconciliamos, tudo nas alturas.

E claro, como não poderia ser diferente, todo mundo opina na vida de todo mundo. Uns com mais respeito outros com menos. Uns mais incisivos outros mais ponderados. Mas, opina. Deixa ali, registrada sua importante e relevante (só que não) opinião sobre tudo.

Lembro que quando pari a Angelina, eu e o Arthur levamos bronca, por não ter contado pra todo mundo que havíamos ido para o hospital. Agora, visualiza comigo: imagina durante as 14 horas que fiquei em trabalho de parto, o telefone tocando, para saber como estava a dilatação? Ou então, imagina esse povo querendo “visitar” a gente, o vuco-vuco que ia transformar a maternidade?!

Mas, sabe: é gostoso saber que a gente tem origem. É engraçado parar e lembrar algumas situações. Do mesmo modo, que é assustador você ver que tem algumas manias, que você sempre criticou, serem afloradas com o passar dos anos, por causa dos genes. O que eu acho mais importante, disso tudo, é o respeito. Você respeitar o limite de cada um, para ser respeitado. Você respeitar o jeito, a opinião do outro, para exigir que o seu jeito e a sua opinião sejam respeitadas. Essa é a palavra, que seguramente, rege uma família. As duas que existiam e a nova que se forma.

Já dizia os Titãs “Família êh! Família áh! Família!”



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