quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Aí o bicho começou a pegar!

Era umas 16h e a contração vinha forte! Parecia que a pele estava descolando das minhas costas! O Dr. Edson foi se trocar. Trouxeram uma maca para dentro do quarto, para me levar ao Centro Cirúrgico. Me apoiei na beirada da cama e involuntariamente fiz força.

A partir desse ponto, foi tudo muito louco!

A Karen abaixou e viu a cabeça da Angelina. Nosso diálogo foi mais ou menos assim:

- Não faz força Priscila, sobe na cama, pra gente te transferir pra maca e te levarmos ao Centro Cirúrgico.
- Não tem como não fazer força!
- Sobe na cama!
- Não dá! Eu não quero, não consigo!
(O Arthur disse que eu tava me transformando em Gremlin)
- Não faz força!
(Alguém me colocou na cama. Nisso, o Edson entra no quarto)
- Vixe! Vai ser aqui mesmo, não dá tempo de ir pro Centro Cirúrgico. Traz as coisas.

Foi um vuco-vuco, enfermeiros entrando e saindo do quarto, um médico japonês ficou de sentinela na porta (um pouco antes ele também tinha assumido o plantão e veio me conhecer), as contrações em nível "fatality", marido com os olhos arregalados!

O que lembro dessa parte, é o Edson mandando o Arthur tirar foto, a Karen segurando a minha mão e a vontade de fazer força, enorme, que vinha. Ainda nisso, consegui raciocinar, pois a cama estava do lado da janela e tinha uma cortina. Se eu me segurasse na cortina, ia arrancar ela, com trilho e tudo, e ia cair na cabeça de todo mundo. Me segurei num vão de parede e fiz força. Como nunca tinha feito na vida!

Ouvi o som mais engraçado que poderia ter ouvido naquela hora. O estouro de um champagne. Isso mesmo. A Angelina nascendo, o barulho foi semelhante ao de uma rolha saindo de uma garrafa!




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